quarta-feira, 20 de maio de 2009

H1N1, CORRA!

O mundo andou às voltas de medo com o surto de um novo tipo de gripe, a Influenza A. Foi espantoso ver, pela TV, pessoas andando por aí com as faces cobertas por máscaras, na tentativa de não serem surpreendidas pelo recém-mutado vírus. Fiquei pensando, comigo mesmo e com meus botões caídos, Será que essa gripe existe mesmo? Sabe lá, num mundo como o nosso, onde a mass media precisa de material novo a cada minuto...
Supondo que o vírus exista, não posso acreditar que o mesmo venha matar alguém, por isso me recuso terminantemente a sair mascarado. A letalidade do Influenza A, ao contrário do que se pensa, não destrói vidas humanas. Sua alta velocidade de contágio não pode ser maior do que a especulação financeira que, há algum tempo, vem vitimando sumariamente o mercado financeiro internacional. Sua letalidade, nem de longe, se compara à da fome no nordeste (muito menos na África), nem mesmo às taxas de morte por causa do trânsito no Brasil.
Esse vírus representa tão somente a morte da realidade tal qual a conhecemos. Por isso, ele é virtual, no sentido do dualismo realidade/virtualidade de Baudrillard. Nega-se, com ele, a separação do mundo em espaços distantes (assim como a internet negou as fronteiras dos países), ao se confirmar, dia após dia, casos de pessoas infectadas que nunca saíram de seus países, nem tiveram contato com pessoas que vieram de locais comprovadamente infectados. Isso porque o H1N1 nunca precisou de nenhum vôo internacional para afetar pessoas de lugares longínquos do globo. Ele tem a mídia e o medo. Nossa mass media, recheada de embustes a cada minuto, cada vez mais se utiliza desses dois ingredientes para crescer e autodesenvolver-se. Ele tem os governos, que se encarregam de produzir quarentenas, testando assim sua capacidade de coagir os cidadãos de seus países, e tem as TVs, que têm a finalidade de propagar o pânico, testando sua capacidade de produzir rebanhos.
O H1N1 representa, portanto a intergração homem/natureza, no sentido de que nunca estivemos tão próximos de matar a nossa mãe. E ela, de vez em quando, com luvas de pelica(de porco) ou não, nos dá um leve tapinha nas faces, pra mostrar quem, apesar dos pesares, ainda manda por aqui.

1 Comentário:

Savonarola disse...

Aqui venho visitar-te a teu convite.

Saudações anarquistas

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