terça-feira, 30 de março de 2010

Pesquisa Eleitoral




Bem, em primeira mão divulgo a primeira pesquisa eleitoral para governador do Estado do Piauí que inclui o candidato Coiter. O caro leitor poderia até pensar, Ainda não estão lançados os candidatos, mas não faz diferença. Essa pesquisa, apesar de verdadeira, é hipotética, assim como a veracidade do sistema obrigatório de voto democrático brasileiro, e assim como o livre arbítrio do alistamento militar obrigatório.

A base governista, desde as eleições passadas, já divulgou os nomes de vários candidatos a todos os cargos do executivo e legislativo, além de já ter anunciado, inclusive nos jornais, os nomes dos possíveis futuros presidente da Assembléia Legislativa e secretários de Estado. Isso não é mistério, pois a política no Piauí se faz independente de vontade do povo, que serve apenas para digitar um número de santinho qulquer, que lhe distribuem na porta da seção onde vota: durante o mandato, distribuem-se os cargos, montam-se as possíveis alianças, inimigos se juntam e do dia para a noite se tornam amigos de infância... todos o meandros de uma política com sólido sentimento democrático.

Sem mais delongas, vejam os Números:

Antônio Neto 19 %
JVC 35.000.000,00 $
Sílvio Mendes 27 %
Zé Coitér 15 %
Papai Noel 2 %
Brancos/ Nulos 6 %
Não Sabem/ Não opinaram 3 %

A pesquisa está registrada no TRE com o número 157-171,CP. A margem de acerto é calculada de acordo com o nível de inteligência de cada leitor, numa proporção inversamente proporcional, como se fez com as últimas pesquisas sobre a popularidade dos governos do PIAUÍ e BRASIL: Por exemplo, para uma pessoa comum, semi-alfabetizada e que assiste mais de 6 horas de TV por dia (creio não estar o meu nobre leitor nesse rol), a somatória dessa minha pesquisa dá 100 %, sem margem de erro que só poderia existir se fosse de 2 % para mais e se fosse para beneficiar o candidato que encomendou a eleição, digo, a pesquisa.

A qualquer momento mais notícias sobre as eleições e os candidatos à cadeira mais cobiçada do Estado...

sábado, 20 de março de 2010

Zé Coitér Para Governador



Estou lançando oficialmente a campanha de Zé Coitér ao cargo de Governador do Estado do Piauí. Sei que o prazo de início da campanha ainda não começou, mas se Lula pode fazer campanha para Dilma antes do tempo, reservei-me a esse direito também. Começo com uma análise do cenário da política local.

Tenho acompanhado na mídia local as movimentações dos desrepresentantes do nosso povo para tentar configurar suas quadrilhas, digo bases, para a disputa das eleições no Estado. É engraçado notar o empenho desses parasitas em tentar dialogar para conseguir apoio aos seus planos de locupletação disfarçada às custas de nosso dinheiro.

Nunca vi político algum demosntrar (nem ao menos tentar fingir) interesse em resolver algum problema histórico que aflige a população pobre do Piauí. E o pior de tudo é que estamos acostumados a isso. Lembro-me que há dois anos, por ocasião das eleições municipais, já se falava em sucessão governamental, e hoje, mais do que nunca. O que será prometido dessa vez? o que será alegado pelo picareta do partido P, que apoiava o partido T e agora irá apoiar o B? incompatibilidade ideológica (depois de anos de mamadas eufóricas nas tetas do Estado)?

O atual governador do Estado esá perdido: não poderia nutrir ao mesmo tempo (e por tanto tempo) tantas varejeiras esfomeadas juntas e ainda ficar com a maior parte da porção financeira, digo, nutritiva desse cadáver putrefato que é o estado do Piauí. O PMBD, historicamente, é o partido que sempre está do lado do poder. Não só a nível estadual, mas também Brasil a fora: é a sua idologia partidária. Então não será difícil imaginar para onde essa quadrilha vai levar os seus séquitos. O PSDB perdeu muito: passou tanto tempo no poder que não sabe o significado da palavra "oposição", e agora tenta desesperadamente fazer a nível estadual o que sempre fez a nível municipal: mau-governar. O PTB, esse sim, provavelmente nos dará o novo governador do Estado: um homem riquíssimo que faz parte de uma família que possui um conglomerado de empresas bem sucedidas que EM HIPÓTESE ALGUMA se beneficiarão disso.

O que nos resta face a esse cenário vergonhoso? Votar nos aloprados dos partidos desfavorecidos como o P-SOL, PSTU ou PCO, que sempre fizeram papel do contra por nunca terem uma oportunidadezinha de mamar em tão generoso úbere? não, caro leitor, nos resta votar em Zé Coitér, um cidadão comum, morador do bairro pobre da periferia de uma cidade empobrecida de um estado mais pobre ainda.

Declaro, independente de qualquer Tribunal ou regulamento, como se costuma fazer por aqui, oficialmente aberta a corrida à cadeira mais cobiçada do Estado.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Algo Mais Sobre Censura




Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.

Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Há algo podre acontecendo no Brasil. Algo abominável, inaceitável, que remete às épocas mais nefastas de nossa história. Me refiro ao avanço velado da censura.

A justiça brasileira, no corpo de seus juízes e desembargadores, em lugar de julgar celeremente os milhões de processos pendentes, alguns com mais de 15 anos à espera de uma sentença ou mesmo de mero despacho, estão se prestando ao destrabalho de proibir a imprensa de denunciar os imundos atos de corrupção e desmandos das autoridades brasileiras.

Exemplo disso é a proibição, por parte do desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, de serem veiculadas quaisquer informações referentes ao escândalo que envolvia o filho do presidente do Senado, José Raposo, quer dizer, José Sarney na operação Boi Barrica, em 2009. Outros exemplos são a esdrúxula proibição da veiculação do comercial da cerveja devassa e a proibição da veiculação do quadro 'proteste já' do programa CQC, que vai ao ar na Band.


Onde estão os grandes artistas brasileiros que historicamente, diga-se, repudiaram a censura da ditadura militar? Chico Buarque com suas canções de duplos termos para burlar a censura, e Caetano Veloso, com seu auto exílio para escapar dela? Onde estão os jornalistas brasileiros, que no mínimo deveriam estar indignados com tais atos do judiciário e também do executivo? E, pior ainda, onde estão os estudantes de comunicação social e jornalismo, futuros profissionais que serão os próximos a ter seu trabalho cerceado por autoridades censuradoras?

Eu não tenho vergonha desses artistas, profissionais e estudantes. Só se deve ter vergonha de quem tem vergonha.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A Crítica: Limpeza ou Sujeira



Acompanho, através deste blog, a página intiulada 'Blog de um sem-mídia', mantida por Carlos Augusto de A. Dória, um economista aposentado e petista. Na última vez que a visitei, surpreendi-me ao ler a postagem 'mídia: como enfrentar o PIG'. É um texto retirado do blog 'por um novo Brasil!!' (http://por1novobrasil.blogspot.com/), que está todo recheado de propaganda eleitoral governista, odes à Lula e Dilma e vídeos pró-candidata, além de links para páginas de alguns setores do governo.

O texto acusa a mídia de bombardear Lula com propaganda negativa, e tenta criar uma rede de militância para que as pessoas possam manifestar seu apoio ao governo. Me recuso a aceitar que alguém que tenha um mínimo de senso crítico, ou mesmo de inteligência, possa fazer tanto alarde em favor de tão execrante governo.

Num dos trechos do texto, Jussara Seixas, autora do blog, sugere que as pessoas comuns criem uma rede com, no mínimo, 50 contatos cada, para que possam ser divulgadas versões 'limpas' dos fatos. Incentiva ainda a participação diária, através de comentários (pró Lula, claro), em páginas como a da Veja, do Estadão, da Folha e do Globo, além de páginas de redes sociais como o Facebook e o Orkut.

Interessante notar o termo 'versões limpas dos fatos'. Seriam limpas quais versões? as que elogiam o 'melhor presidente do Brasil'? as que elegem Dilma ao presidencialismo mesmo antes das eleições? as que trazem no seu bojo o interesse comunista e ditatorial de um governo ignóbil? as que mascaram os reais interesses do discurso e das atitudes desses covardes que nos governam como tiranos? Não posso extrair conceito diverso de tal discurso.

No mesmo texto, Jussara dá a definição do que seriam as versoes sujas dos fatos: todas aquelas que se referem ao presidente Lula e à sua cambada de jagunços de maneira crítica.

Para ela, é tática do PSDB sempre manter na mídia uma denúncia contra o presidente e sua candidata. É triste notar que o argumento utilizado pelos partidários do PT se resume a tão pobre premissa, que se utiliza apenas do sofismo e de discursos prtensamente humanitários para contestar as verdades que estão jogadas à cara de qualquer pessoa que pensa. Esquecem-se que pessoas comuns, como o Zé Coitér, sem filiação partidária alguma, sem pretensão político-formal alguma, sem compromisso com qualquer quadrilha de mercenários chamada partido político possam se indignar contra a maneira com a qual esse governo desgerencia esse país, e contra a maneira com a qual ele tece seu discurso malicioso e enganador. Com essa visão dicotômica e simplória, não poderemos travar um debate frutífero sobre política nesse país.

Imaginem o desepero de pessoas que veem a crescente onda de críticas bem fundadas, diga-se, ao governo, porque não há argumentos válidos para que essas críticas sejam contestadas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Ad Judicia


Sou estudante de direito, mas nem um pingo romântico em relação à minha futura área de atuação profissional. Sei que o judiciário brasileiro é tão corrupto (ou mais) do que o executivo e o legislativo, e isso é muito ruim. Não é à toa que as pessoas não acreditam na justiça: morosidade nos processos, venda de sentenças, decisões judiciais absurdas, impunidade. Não somente dois, mas vários pesos e várias medidas. Miopia da justiça em lugar de cegueira. A culpa não é só da falta de técnica com que se fazem leis no Brasil, mas também da falta de técnica dos magistrados brasileiros, e da falta de ética de todos os profissionais que atuam nessa área, sejam eles advogados ou auxiliares forenses.

Há vinte e cinco anos atrás qualquer retardado, bacharéu em direito (ainda existem muitos até hoje), podia se tornar um juiz sem a dificuldade que temos hoje para galgar tão nobre posição social. O reflexo disso, atrocidades várias que não são, muitas vezes, nem concebidas pelo cidadão comum, mas que os que circulam nos paços dos juizados e tribunais conhecem muito bem.

Qual estudante de direito, por exemplo, honesto ou não, nunca teve um colega de classe que, apesar de não ter passado por teste seletivo, conseguiu uma vaga bem remunerada, diga-se, de estágio em determinado tribunal? O que se esperar de um futuro profissional que, desde os tempos da academia, comete tais práticas? Deveria-se acatar o seu porco discurso?

Falo por experiência própria (não, eu não estou estagiando!). Sou estudante beneficiado pelo prouni, e não o único em minha turma. Estudei em escola pública e vivo (ainda) com parcos recursos financeiros, ou seja, eu não teria condições de pagar minha faculdade. Infelizmente, em minha turma, há estudantes beneficiados pelo prouni que nunca estudaram em escola pública, talvez nem mesmo tenham entrado numa ao longo da vida. Quais as chances de esses estudantes, mesmo com conhecimento técnico suficiente para a magistratura, serem profissionais éticos, comprometidos com a justiça a que se propunham fazer?

Muitos pobres-coitados, envolvidos em litígios quaisquer, viram seu direito sucumbir no momento em que o advogado influente da parte contrária entra na sala de audiências e recebe do juiz um caloroso 'como vai, meu bom amigo?', dando-lhe tapinhas nas costas? que tipo de justiça esperar nesses casos?

Então, correta a máxima na imagem acima...

terça-feira, 9 de março de 2010

Injustiça Seja Feita



Caro leitor, não sou partidário de nenhuma quadrilha (agremiação política), apesar de todos saberem que tenho preferência pelo PT (para importunar, claro). Mas, injustiça seja feita, também o PSDB comete asquerosas práticas em Teresina. Uma das mais recentes, entre as tantas existentes, é também o excesso de propaganda enganosa, tal como o faz o PT. Constatei isso ao me dirigir à faculdade onde estudo, de ônibus, e me deparar com um outdoor que fazia a propaganda da ponte do sesquicentenário.

Somente demagogos aceitariam tal prática, a de se vangloriar pela feitura de uma obra que ainda não foi feita.

Muita gente não sabe, mas sesquicentenário é um numeral que indica o valor 150, referente aos 150 anos de Teresina. Essa ponte, 'cartão postal', como alardeia o outdoor, deveria ter sido entregue à população há pelo menos sete anos. (des)Créditos ao PSDB, que governa Teresina por mais de vinte anos ininterruptos, desde os tempos de Raimundo Wall ferraz, e não tem competência pra concluir um obra no prazo.

Além da obra já ter sido embargada diversas vezes, por envolvimento da construtora em falcatruas e chanchadas financeiras, e ter seu orçamento alterado também mais de uma vez, ainda há desapropriações a serem feitas, trâmites legais que correm a passo de lesma (com suas muitas pernas articuladas). Isso não consta nos outdoors.

Não me admirarei se essa ponte for inaugurada algumas vezes, antes e depois de ser concluída.

domingo, 7 de março de 2010

Autoritarismo E Censura Ao Sul Do Equador

Breve histórico

Março de 1964: Início da ditadura militar no Brasil
Dezembro de 1968: Ato Insitucional Nº 5
Outubro de 1978: Fim do AI-5
2010: Possível volta da censura, com o PNDH


Diretriz 22

[...]
a) Propor a criação de marco legal regulamentando o art. 221 da Constituição Federal, estabelecendo o respeito aos Direitos Humanos nos serviços de radiodifusão (rádio e televisão) concedidos, permitidos ou autorizados, como condição para sua outorga e renovação prevendo penalidades administrativas como advertências, multas, suspensão da programação e cassação, de acordo com a gravidade das violações praticadas.
b) Promover o diálogo com o Ministério Público para a proposição de ações objetivando a suspensão de programação e publicidade atentatórias aos Direitos Humanos.
c) Suspender patrocínio e publicidade oficial em meios que veiculam programações atentatórias aos Direitos Humanos.
d) Elaborar critérios de acompanhamento editorial a fim de criar um ranking nacional de veículos de comunicação comprometidos com os princípios de Direitos Humanos, assim como os que cometem violações.


É sabido de todos que o presidente do Brasil, antes da esquerda e hoje da traseira (como certos cabeludos de Raul Seixas, em sua música As Aventuras De Raul Seixas na Cidade de Thor), mantém íntimas relações com ditadores de várias nações ao redor do mundo: o velho Fidel e seu regime, Zelaya, Chavez, Ahmadinejad.

Eu não me admiraria se o populista brasileiro quisesse se tornar como qualquer de seus amigos.

O Cínico está louco, pode ter pensado um de meus poucos leitores, mas eu digo que nada é mais razoável do que esse pensamento, face aos acontecimentos dos últimos anos. Quem não se lembra da discussão insossa sobre um terceiro mandato de Lula, puxado inconveniente e repetidamente pelos capachos dos poderosos, a cumprir sua miserável tarefa de paus mandados?
Quem não conhece as práticas dos tribunais vendidos, proibindo a imprensa de agir enquanto formadora de opinião, sobretudo de uma opinião crítica em relação ao irresponsável modo com que os governantes desguiam esse país, sem saber diferenciar o público do privado?

A diretriz 22 do PNDH, trascrita acima, é uma realidade a ser considerada com apreensão: esses artigos são a censura a desfilar em nossos bosques tal como um lobo em pele de ovelha. Com o pretexto de salvaguardar os direitos humanos, o governo do PT quer instaurar uma era de truculência com a imprensa, tal como o faz Chavez 'democraticamente' na Venezuela.

Talvez alguém diga que a censura está limitada a ser aplicada a assunto que firam os direitos humanos, mas esse detalhe é uma falácia. Também o AI-5 buscava assegurar a "autêntica ordem democrática, baseada na liberdade, no respeito à dignidade da pessoa humana". Quem diz o que é atentatório aos direitos humanos? Nilcéa Freire, a defensora da moralidade feminina? Dilma Rousselff, a eminente presidente mais burra que o Brasil poderia ter? Ou o próprio Lula, depois de consultar os seus amigos, em suas ditaduras democráticas?

Veja a opinião de Marcelo Madureira, que já foi inclusive procurado por membros do governo para receber 'conselhos', depois de publicar piadas de cunho político na televisão (Créditos do vídeo à página da tv estadão):

sexta-feira, 5 de março de 2010



É isso o que se ganha por falar mal dos outros: você não é ouvido. Não tem importância, o importante é que continuarei a falar. Falar mal. Falar mal do governo.

As mesmas práticas sórdidas do PT nacional são repetidas no Piauí. Os mesmos métodos imundos de exercer a demagogia e o contra-senso à sabedoria comum do povo. As mesmas espécies de mentiras ignóbeis. Nosso governador aprendeu bem a ideologia do partido! Aprendeu tanto, que o senador Mão Santa deveria aprender com o atual governo. Fazer uma espécie de reciclagem, já que anda em descrédito nesses últimos tempos, ao falar de São Francisco e de outros mártires de sua santa mão, quer dizer, causa...

Vou citar apenas alguns exemplos de como é hirsuto o discurso mentiroso dessa corja petralha e de seus aderentes: A exemplo do presidente Lula, que, como sabido por todos, inaugura universidades mesmo antes de iniciadas suas obras, o governo do nosso Estado já está a fazer propaganda da conclusão obras como a reforma do Hospital Getúlio Vargas e do Metrô de Teresina. Obras inacabadas.

Talvez por ter sido triplicado nesse ano o gasto do governo com propaganda: rodovias, escolas, até mesmo obras não identificadas, (onde há um ator vestido de operário e uma modelo vestida de engenheira em cima de um trator), foi necessário incluir obras inacabadas e obras imaginárias também, para não se desperdiçar o dinheiro do orçamento público.

Seria ridículo intensificar esse marketing, mesmo se essas obras estivessem prontas, face ao ano eleitoral, imagine com as mesmas ainda inacabadas, com prazos e orçamentos dilatados por muitas e muitas vezes.

O HGV há muito está em obras. Calculo mais de quatro anos, mas sou péssimo em matemática: Deus sabe os prazos corretos. Me pergunto quantas vezes devem ter sido refeitos os orçamento$ dessa importante obra para saúde dos nordestinos. Vi na televisão a propaganda dessa obra como se ela já estivesse sido concluída.


O metrô de Teresina, desde 2003, salvo me engano, está a ser construído. Mais de seis anos para aprontar um quilômetro e meio de trilhos. Vi num outdoor a propaganda dessa obra como se ela já estivesse a funcionar. Ao lado das frases mentirosas, uma foto do finado Alberto Silva, ícone da política(gem) piauiense.

O porto de Luís Correia, esse nunca saiu do papel. Não há propaganda dessa obra, que foi importante promessa de campanha. Afinal, não poderia ser promessa também para o próximo pleito se viesse a ser construído, não é mesmo?

Basta. Embrulha-me o estômago ao falar essas coisas todas, afinal, eu estou mentindo, e as evidências são as verdades do governador: as propagandas não mentem...

terça-feira, 2 de março de 2010

Bons Tempos Os Outros


Estou com saudades do presidente Collor. Sua época, sua campanha. Estou com saudades de PC Farias e dos anões do congresso. Como o Brasil era mais Brasil naquele tempo! Ninguém precisava maquiar projetos de obras que nunca serão acabadas, dilatando suas datas, aumentando o seu orçamento. Ninguém enganava o povo com uma pá na mão, dizendo, ao cavar um buraco no chão, que estava a inaugurar uma Universidade. Os governantes daqueles dias não gostavam de ditador algum, a ditadura acabara-se: era só o presidente, a saquear o povo descaradamente, como antes se fazia, e os descamisados. O PC farias e os esquemas abertos de corrupção. Não havia dissimulação. Não haviam mentiras. Tudo estava às claras, como nos mostra a História da redemocratização do Brasil.

Está bem, caro leitor, posso até ter me excedido um pouco. Também hoje os escândalos estão às claras. A corrupção está às claras, os mensalões, de esquerda ou da traseira estão às claras. Os desmandos, os contratos milionários, as farras com cartões de crédito corporativos, as viagens ao exterior, as gratificações desmerecidas. A diferença é que naquele tempo não se fazia o povo de idiota, apenas se roubava povo e pronto. Todos viram as torneiras de ouro da mansão Collor. Todos conheciam os anões do congresso. Naquele tempo, os pobres eram chamados descaradamente de descamisados! Eram os pés descalços! E não o era o povo? Collor foi presidente que não mentia para o povo, roubava descaradamente. Pés descalços e descamisados. Só porque hoje o presidente diz que o povo tem dignidade, ele passou a ter? Collor não precisou inventar crise alguma para surrupiar o dinheiro das poupanças do povo. Não precisaria de um PAC para eleger seu sucessor, caso não tivesse sido cassado. Apenas xingava abertamente o povo.

O que corrói mais no governo Lula, meu paciente leitor, não são os escândalos de meias e cuecas, e pagamentos mais que sórdidos, e influências mais que suspeitas. Isso sempre existiu no Brasil, talvez mesmo desde antes da colonização. O que mais corrói é o discurso de Lula. É a maneira com que engana as pessoas, com que brinca com a inteligência do cidadão comum, como vilipendia a lógica de qualquer discurso coerente. Lula e os petralhas são mais que sofistas, no sentido socrático do termo. São capazes, por exemplo, de afirmar, e provar, que Lula é o maior presidente do Brasil de todos os tempos. Que o Brasil foi descoberto pelo PT, ainda em 1500, e que Ahmadinejad é democrata, humanitarista e sionista. Que Chávez não é um ditador e Fred Mercury não era gay.

Com que olhos verá a História os feitos de Lula?

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